Logo

Psicoterapias » Cognitivo Comportamental

 

A terapia Cognitivo-Comportamental surgiu da junção de duas 2 correntes que se difundiram nos Estados Unidos entre as décadas 1950 e 1960: a corrente cognitiva, criada por Aaron Beck, e a corrente comportamental, criada por Frederic Skinner.

A terapia cognitiva parte do princípio de que a forma como as pessoas percebem, dão significado e interpretam as suas experiências emocionais determina como elas se irão sentir, pensar e agir. Logo, considera que grande parte das doenças psíquicas se deve a percepções distorcidas da realidade. O objectivo é corrigir essas distorções, trabalhando apenas as funções conscientes (sistema de crenças e distorções dos factos objectivos, incluindo de si mesmo e dos outros), deixando de parte o acesso aos conflitos inconscientes. Crenças são "certezas" que o indivíduo constrói através da experiência e algumas podem condicionar a sua vida, perturbando-o, por exemplo : "Tenho que ser perfeito", "Sou incapaz", "O mundo é perigoso". A Cognição é um termo amplo que se refere ao conteúdo dos pensamentos e aos processos envolvidos no acto de pensar. Assim, são aspectos da cognição as maneiras de perceber e processar as informações, os mecanismos e conteúdos de memórias e lembranças, estratégias e atitudes na resolução de problemas.

A terapia comportamental assenta nas concepções de "estímulo, resposta e reforço" e parte do princípio de que os comportamentos patológicos, originados por aprendizagens que promoveram distorções cognitivas, podem ser revertidos através de novas aprendizagens, mais adaptativas. O processo terapêutico, na perspectiva cognitivo-comportamental, envolve em geral os seguintes passos: conceptualização do(s) problema(s) enfrentado(s) pelo paciente; desenvolvimento de uma relação de cooperação/participação activa (paciente e terapeuta); estabelecimento em comum de metas; intervenção cognitivo-comportamental e prevenção de recaídas. A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental utiliza técnicas como a dessinsibilização (que significa descondicionar antigos reflexos condicionados desadaptativos), a auto-monotorização (o paciente observa e regista as suas próprias reacções comportamentais), a reestruturação cognitiva (alterar de forma lógica as crenças e pensamentos difuncionais automáticos do paciente), a exposição (enfrentar as situações específicas que dão origem a emoções negativas), etc.

Em resumo, a terapia cognitivo-comportamental centra-se no presente, tem uma base educacional, pois tenta educar e ensinar o paciente acerca da sua própria patologia, bem como a corrigir os seus erros cognitivos e os seus comportamentos, para que possa solucionar os seus problemas.